quinta-feira, 1 de julho de 2010

Numeração de Gravuras



Numeração de Gravuras

Normalmente deixa-se uma margem em torno da mancha de impressão. A medida pode variar, mas em média é de 5 cm. A assinatura do artista é sempre feita a lápis, nessa margem, fora da mancha de impressão, em baixo e do lado direito do papel.
O Título do trabalho fica também na margem inferior, centralizado.
Na margem, no lado esquerdo, em baixo fica a numeração. Se forem, por exemplo, cem gravuras, a primeira recebe a inscrição 1/100, a segunda, 2/100 e assim por diante até 100/100. A quantidade de gravuras impressas é definida pelo artista. É uma questão de ética com o comprador/colecionador que essa numeração seja respeitada. No caso de uma tiragem posterior a edição original, esta deve ter a indicação de série B ou II (dois em romano)
A impressão feita durante a elaboração do projeto e das provas de cor, dá-se o nome de Prova de Estado, e escreve-se P.E. no lugar da numeração. São gravuras quase finalizadas, mas com algumas diferenças da tiragem final, ou então impressões que mostram as etapas passo a passo da colocação das cores. As P.E.s são o registro do processo de criação.
Nas Provas do Artista escreve-se P.A. Normalmente são feitas em quantidade de 10% do total da tiragem.
P.I. é a Prova do Impressor. Se não foi o artista que imprimiu e sim um impressor de gravuras, este recebe uma cópia do trabalho. Algumas vezes, o impressor é convidado a assinar todas as cópias da edição, como se fosse um “co-autor” da obra.
H.C. significa “Hors Commerce”, ou fora de comércio. Geralmente são feitas em pequena quantidade, para brinde. Não podem ser vendidas.
H.S. é “Hors Serie” ou F/N (fora de numeração). Reprodução sem tiragem. Pode ser uma monotipia (cópia única ou 1/1).
Exemplo: (cópia 1 de uma edição de 50 cópias.)

14 comentários:

  1. Olá, eu fiz umas gravuras recentemente e tneho uma dúvida, recebi 24 delas sendo q nenhuma prova do artista, posso determinar que 9 foram provas do artista? no caso como ja numerei todas elas de 1 a 24 eu poderia acrescentar a sigla P.A após a numeração...ou no caso deixo pra la e não faço nenhuma marcação de P.A.?

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    1. O que normalmente se faz é separar 10% da edição para ser as P.A.s. Se você já numerou de 1 a 24 - que também não é uma tiragem usual - melhor deixar assim do que apagar ou rasurar, o que pode sugerir uma falsificação.

      Ideal seria numerar de 1 a 20 e deixar 4 como P.A.

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  2. Eu tenho uma série de desenhos a nanquim na técnica Bico de pena e quero tirar cópias em serigrafia, nesse caso eu numero como, se a primeira foi feita a mão ela é única e não é uma gravura e está assinada com nanquim. Se eu tirar por exemplo 30 cópias em serigrafia, e aí seriam consideradas gravuras. Eu devo na matriz apagar a assinatura em nanquim e assinar uma a uma a lápis e numerá-las 1/25 sendo cinco P.A. É isso?

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    1. Não. O original feito em nanquim não é numerado. Somente o que for feito em serigrafia.

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  3. Qual o número mínimo de tiragem? Posso fazer duas?
    Obrigada!

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    1. Não há um número mínimo para tiragem, mas depois de feita uma série, uma re-impressão deverá receber alguma indicação de ser uma segunda série com a letra B por exemplo. Há também o caso de séries "póstumas" impressas depois que o artista já faleceu.

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  4. COMPREI EM LEILÃO UMA OBRA COM H.C DO DALI, OU SEJA, TEORICAMENTE NÃO PODERIA SER VENDIDA. ISTO ESTA OK? ESTA PEÇA TEM MENOR VALOR DE MERCADO?

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    1. Sim, geralmente provas HC não são para serem comercializadas.

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  5. A prova do artista tem valor igual as outras?

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  6. A prova do artista tem valor igual as outras?

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  7. A prova do artista tem valor igual as outras?

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    1. Depende muito da valorização do artista no mercado, se a tiragem da série for muito grande supõe-se que há também muitas PAs o que desvaloriza um pouco.

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  8. Neste caso, há alguma hierarquia de valor entre as obras? Tenho 07 gravuras de Alfredo Volpi, cujos indicadores vão de P.I., H.C., e até algumas somente assinadas.Todos têm o mesmo valor ou a tiragem também influencia?

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